segunda-feira, 26 de abril de 2010

O Não Saber

Prefiro a certeza à dúvida.
A certeza é um fato, uma verdade. A dúvida é o não saber.
Não saber se foi bem naquela prova. Não saber se deve confiar em alguém. Não saber se vai gostar daquela festa. Não saber se deve seguir seus intintos. Não saber se aquilo foi uma mentira. Não saber se ele está com outra. Não saber se aquele parente vai sobreviver àquela cirurgia. Não saber se seus sentimentos são recíprocos.
O não saber me consome. Sem as respostas para minhas perguntas o que me resta é criar em minha mente possíveis soluções. Algumas dessas soluções imaginárias me aliviam a sensação de incerteza momentaneamente, entretanto muitas delas me fazem sofrer antecipadamente por algo que é incerto. O não saber dói.
Quando você tem a certeza, você pode começar o processo de aceitação e depois o de superação, mesmo que seja difícil e demore. Quando você só tem a dúvida, ambos os processos são inviáveis. Como superar algo que você não sabe se é verdade?
Mas às vezes não temos recursos para esclarecer nossas dúvidas. Então, somos obrigados a conviver com o não saber e precisamos aprender a não permitir que ele tome conta de nós. Às vezes só precisamos ter um pouco de fé, seja em nós mesmos, em outros ou em um Deus. Através da confiança o não saber vira o saber e a certeza substitui dúvida.

domingo, 18 de abril de 2010

Honestamente

Sinto sua falta. Essa é a verdade.
Por que quero tanto falar com você? Parece que meu corpo e minha mente necessitam disso. Quase como oxigênio.
Tenho pensado muito em você nos últimos dias... Como você está? Como está indo sua carreira? Você já conheceu alguém que possa "me substituir" de certa forma? Alguém que possa interpretar o meu papel?
E se você já tiver encontrado? E estiver feliz com ela? E não pensar mais em mim... E se eu ficar em preto e branco na sua memória? E se aos poucos os rolos de filme da nossa história começarem a se desfazer? E se um dia eu for alguém de quem você se lembra vagamente? Uma imagem embaçada pelo tempo...
Talvez eu esteja parecendo meio egoísta pensando nessas coisas. Talvez você realmente precise me esquecer, para seguir adiante tranquilo, e não cabe a eu impedi-lo.
Mas esses são meus pensamentos honestos. Nada posso fazer para mudá-los.
Eu gostaria de ter você de volta, como amigo. Será que isso ainda é possível?
Ou quem sabe eu só queira alguém para suprir minha vontade de ter alguém tão especial por perto. E enquanto não encontro ninguém novo que possa representar esse papel em minha vida, papel este que foi escrito originalmente para você, estou sempre querendo que você abra uma exceção e prolongue o seu contrato. Só mais um pouquinho... Só até eu encontrar um substituto.
Mas não é tão fácil assim. Preciso mudar um pouco o script. Ninguém mais pode interpretar o mesmo personagem que você. Não seria justo.
É, parece que às vezes a vida é mais forte do que nós...
Só queria que você soubesse que você nunca será preto e branco ou cor de sépia em minhas memórias. As lembranças que tenho de você sempre serão coloridas, mesmo as de dias cinzentos. Espero que o tempo seja gentil e não desfaça os rolos de filme da nossa história para que eu possa assisti-los novamente sempre que desejar. E se sua imagem algum dia embaçar em minha mente, arranjarei lentes, para continuar a vê-la nitidamente.


sexta-feira, 16 de abril de 2010

Sobre a vida

É isso que a vida faz. Nos surpreende. A previsibilidade é monótona e entediante. O que faz viver valer a pena são os momentos inesperados, que tiram o nosso ar, nos deixam sem palavras e nos fazem nos perguntar se aquilo foi mesmo real. Se tudo ocorresse da forma como esperamos não haveria adrenalina, expectativa, emoção.

A vida é assim. Todo dia temos que escolher caminhos para seguir, às vezes tão rapidamente que nem paramos para pensar sobre o que poderia acontecer caso tomássemos outra decisão. E mais tarde, de repente, nos pegamos pensando "Nossa, se eu tivesse feito isso ao invés daquilo...". Mas então é tarde e o tempo já nos roubou aquele momento. Não dá para voltar atrás. Ao mesmo tempo, não podemos viver todo instante pensando em suas consequências. É preciso arriscar, mesmo que cometamos erros. Às vezes errando nos sentimos mais vivos do que fazendo o certo. Já repararam que a maioria de nossas melhores lembranças são momentos em que cometemos atos incomuns, inesperados ou proibidos? Aquela vez em que colamos descaradamente na prova e o professor não viu ou aquela em que pulamos na piscina à noite, de roupa e tudo ou ainda aquele beijo bem dado repentinamente em um de nossos melhores amigos. São esses momentos que nos não a sensação de estarmos vivos. Então imagine, realize, emocione, surpreenda. Arrisque, tropece, levante, prossiga. Erre, chore, grite, sofra. Sonhe, crie, pense, faça. Cante, dance, veja, ouça, beije, ame, ria e viva.

domingo, 4 de abril de 2010

A lição mais difícil

Ninguém é perfeito. Talvez essa seja uma das lições de vida mais difíceis de aprender. As pessoas não agem da maneira como esperamos. Elas nos surpreendem e nos decepcionam, pois são apenas humanas. Mesmo aqueles amigos de muitos anos, que julgamos conhecer profundamente e adoramos, agem de forma que não nos agrada. Uma decisão inesperada, um erro cometido, uma opinião diferente. Por que somos mesmo amigos? A questão é que as pessoas não vivem para nos agradar ou viver às nossas expectativas. É muito difícil aceitar isso. Talvez nem consigamos aceitar, mas temos que pelo menos aprender a conviver com este fato. Às vezes precisamos dizer "eu te perdôo", concordar em discordar ou respeitar o comportamento do outro, mesmo sem entendê-lo. Senão ficaríamos sem amigos. E todos sabemos que ninguém quer ficar sozinho. Por isso, tentem ser menos duros com seus amigos. Eles errarão sim, assim como você. O que mostra o valor de uma amizade não é quantos erros alguém comete, mas quantas vezes você está disposto a perdoá-los.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Poema sobre memórias...

Memórias...
Às vezes penso que não passam de lembranças
De momentos mais felizes
Ou tristes
Que aparecem eventualmente
Para nos assombrar

Memórias são sofridas.
São partículas da nossa vida que
Ficaram presas
No tempo,
Reféns.
E nós, simples expectadores,
Não podemos resgatá-las.

Memórias...
Nosso passado e
Nosso presente, ainda não o futuro.

Sem elas, o que seríamos
De nós?

Desabafando


Ninguém pode mandar em mim. Pelo menos não em meus sentimentos.

“Poxa, não precisa ficar tão chateada com essa bobagem!” Bobagem?? Deixa que eu decido isso. Você não está no meu lugar, não pode saber como essa “bobagem” me afeta.

Se eu quiser me trancar em um quarto o dia todo e chorar por uma “bobagem” eu vou! Se eu nunca mais quiser ter que conviver com alguém que fez uma “bobagem” comigo eu não vou! Se eu quiser perdoar uma pessoa, mas não outra, não é você que vai me impedir. Se você prefere que eu supere algo que eu não consigo superar, só porque é mais conveniente para você, sinto muito!

Eu não escolho o que eu sinto, acredite. Ninguém escolhe! Você realmente acha que eu gosto de me sentir dessa maneira? Se houvesse uma poção mágica que fizesse esse sentimento desaparecer eu a beberia! Ou talvez não, porque ele faz parte de quem eu sou. Eu reajo desta maneira a essa “bobagem”. Como você reagiria se fosse com você? Eu gostaria de saber. É tudo tão mais fácil quando se trata dos outros, não é?

Combinemos o seguinte: primeiro passe por uma situação igual à minha, depois venha me dizer como eu "devo me sentir".

Por que resolvi começar esse blog?

Recentemente desenvolvi uma vontade de expressar sentimentos e pensamentos através da escrita, coisa que não fazia antes. Geralmente à noite, pego meu netbook e começo a escrever textos. Virou meio que uma necessidade. Parece que às vezes não quero conversar com alguém sobre o que está na minha cabeça, mesmo sentindo que preciso.

Por isso fiz da escrita minha nova terapia. Ao tentar expressar em palavras coisas abstratas da minha mente, consigo repensar minhas atitudes e emoções e ao mesmo tempo desabafar o que está dentro de mim querendo sair. Faço isso geralmente de uma forma não muito pessoal (sem nomes ou relações diretas entre pessoas e acontecimentos), de forma que qualquer pessoa pode ler os textos que escrevo e quem sabe até se identificar com eles (o que pode ser um alívio para mim!).


Peço que por favor não me perguntem para quem ou porquê escrevi certo texto. Escrevo para mim e por motivos que talvez nem mesmo eu entenda (por serem tão abstratos).

Espero que gostem do blog e que achem nele uma forma verbalizada das coisas infaláveis da vida.